sábado, 30 de junho de 2007

Black Snake Moan Trailer

"Deus colocou você no meu caminho para que eu te curasse."

Adivinha quem chegou na locadora?


Ah, finalmente chegou!!! Até acordei de emoção.
Não tava na loja mas eu disse pro atendente que que se ele não me mandasse assim que o filme voltasse eu ia ter uma síncope.

Eu to esperando há séculos pra ver esse filme! Ficam passando essas merdas de homem aranha, ocupando sala à toa. Pelo menos o DVD importado já tá aí - ô vida boa - e eu posso assistir no conforto do meu lar. Quer dizer, mais ou menos se você for levar em conta que o filme foi lançado em MARÇO!

Mas, novamente, se você for seguir o fluxo não consegue ver uma merda que preste de verdade o ano todo... Não que eu tenha nada contra o lixo, adoro o lixo, mas não vivo só de lixo.

Acho que vou baixar a trilha tb... (esfregando as mãos entusiasticamente)

O site oficial do filme
O trailer
O IMDB

quinta-feira, 28 de junho de 2007

ups and downs

Sabe quando tá tudo lindo e aí vc já não sabe mais e começa a duvidar de tudo? Mas é isso mesmo? Mas será que eu devo? será que eu não devo? Que besteira enorme é essa que eu tô fazendo? Será que eu devo seguir em frente?

Tem hora que é tudo tão bom e depois a vida vem e te joga aquele puta balde de água fria. Dá vontade de fugir, de gritar, de mandar o mundo parar. Mas o mundo não para. E eu não quero parar e quero e não quero e quero e enquanto isso o mundo continua girando.

Sabe o que eu quero? Eu quero ir ao cinema.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Teletransporte


Com todas inovações tecnológicas e maravilhas modernas eu nunca me conformei com não ser possível a gente se teletransportar. Acho que nunca vou. Já pensou? Pular daqui pra lá. Pa-pum! Pra onde você quiser...

Poder se desmaterializar. Re e des e re....

sábado, 23 de junho de 2007

Poesia Matemática

Às folhas tantas
do livro matemático
um Quociente apaixonou-se
um dia
doidamente
por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável
e viu-a, do Ápice à Base,
uma figura ímpar:
olhos rombóides, boca trapezóide,
corpo octogonal, seios esferóides.
Fez da sua uma vida
paralela à dela
até que se encontraram
no infinito.
"Quem és tu?", indagou ele
em ânsia radical.
"Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode me chamar de Hipotenusa."
E de falarem descobriram que eram
(o que em aritmética corresponde
a almas irmãs)
primos entre si.
E assim se amaram
ao quadrado da velocidade da luz
numa sexta potenciação
traçando
ao sabor do momento
e da paixão
retas, curvas, círculos e linhas sinoidais
nos jardins da quarta dimensão.
Escandalizaram os ortodoxos das fórmulas euclidianas
e os exegetas do Universo Finito.
Romperam convenções newtonianas e pitagóricas.
E enfim resolveram se casar,
constituir um lar,
mais que um lar,
um perpendicular.
Convidaram para padrinhos
o Poliedro e a Bissetriz.
E fizeram planos, equações e diagramas para o futuro
sonhando com uma felicidade
integral e diferencial.
E se casaram e tiveram uma secante e três cones
muito engraçadinhos.
E foram felizes
até aquele dia
em que tudo vira afinal
monotonia.
Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum
Freqüentador de círculos concêntricos,
viciosos.
Ofereceu-lhe, a ela,
uma grandeza absoluta
e reduziu-a a um denominador comum.
Ele, Quociente, percebeu
que com ela não formava mais um todo,
uma unidade.
Era o triângulo,
Tanto chamado amoroso.
Desse problema ela era uma fração,
a mais ordinária.
Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade
e tudo que era espúrio passou a ser
moralidade
como aliás em qualquer
sociedade.

Millôr Fernandes

O Pif-Paf/O Cruzeiro, 1949

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Mais um fim-de-semana no reino da Dinamarca

Segundo a Wikipédia,
'Abstinência é uma atitude humana de decisão que caracteriza-se por abster-se de alguma coisa como uma bebida, um alimento ou até mesmo uma necessidade ou privar-se de fazer uma determinada a(c)ção. "A abstinência é a renúncia voluntária à satisfação de um desejo ou necessidade.(Lalande, 1993).'
Anda, enquanto o dia acorda a gente ama,
Tô pronto pra te ouvir aqui na cama!
Te espero vâmo rir de todo mundo
Nesse quarto tão profundo... Lá, Lá...
Pára, repara tente ver a tua cara
Contemple esse momento é coisa rara
Uma emoção assim só se compara
A tudo que nós já passamos juntos... Lá, Lá, Lá, Lá...

Preciso tanto aproveitar você
Olhar teus olhos, beijar tua boca
Ouvir palavras de um futuro bom
Preciso tanto aproveitar você
Olhar teus olhos, beijar tua boca...
Dizer palavras de um futuro bom...

Anda, enquanto o dia acorda a gente ama,
Tô pronto pra te ouvir aqui na cama
Te espero, vâmo rir de todo mundo
Nesse quarto tão profundo... Lá, Lá, Lá....
Pára, repara tente ver a sua cara
Contemple esse momento é coisa rara
Uma emoção assim só se compara
A tudo que nós já passamos juntos
Nesse quarto em um segundo...

Preciso tanto aproveitar você
Beijar teus olhos, olhar tua boca
Dizer palavras de um futuro bom
Preciso tanto aproveitar você
Beijar teus olhos, Olhar tua boca
Ouvir palavras de um futuro bom

Palavras, Palavras, Palavras de um futuro bom...
Palavras, Palavras

Preciso tanto aproveitar você
Beijar teus olhos, Olhar tua boca
Ouvir palavras, palavras, palavras de um futuro bom...

♫ - Palavras de um futuro bom - Jota Quest

quarta-feira, 20 de junho de 2007

terça-feira, 19 de junho de 2007

Malhando o córtex

E eu e o passado e o presente e o mundo e as percepções de mim.
A memória é realmente fascinante - Dickens era um gênio.

Grandes Esperanças devia ser leitura compulsória para a humanidade. Pena que a humanidade seja tão idiota e não consiga absorver - Absorver nada, o sentido de nada, o funcionamento de nada. Nada mesmo. E é por isso que não pode ler. seria apenas uma futilidade.

É por isso que o universo minúsculo das pessoas que estudam literatura é tão insuportável. Porque essas pessoas sabem o quanto sabem mais do que as outras pessoas. Pobres das outras pessoas que estudam uma coisa apenas. Quem estuda literatura tem que estudar tudo: política, sociologia, psicanálise, antropologia... e para que? Só pra saber. Então, coitados dos professores de literatura que nunca terão os esforços compreendidos e reconhecidos o suficiente - jamais. Mas nunca diga isso a um deles.

E é claro que eu não consigo dormir - pensando demais.

Vou contar uma coisa que eu fiz hoje:

Na liçãozinha lá do livrinho - mesma lição tinha que ensinar flower e flour
Não resisti: Tive que parar tudo e citar Stranger than Fiction (Mais Estranho que a ficção).

Melhor filme que eu vi nos últimos tempos sem dúvida alguma. Se você ainda não viu, vai ver. Tem na locadora. Eu não vou contar os detalhes não. Mas eu fiquei tão emocionada com a coisa do flowers no filme, achei tão lindo...
Eu não tenho a menor idéia do que os alunos acham quando eu faço essas coisas, esses paralelos. Uns me olham como se eu fosse maluca, outros viajam comigo. Sabe lá o que se pensa.

As pessoas sempre me surpreendem.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Floating on a Barrel

Às vezes eu sinto que a vida é assim mesmo.
Flutuando num barril, levada pela maré...

I am color...blind
Coffee black and egg white
Pull me out from inside
I am ready
I am ready
I am ready
I am


taffy stuck, tongue tied
Stuttered shook and uptight
Pull me out from inside
I am ready
I am ready
I am ready
I am...fine

I am covered in skin
No one gets to come in
Pull me out from inside
I am folded, and unfolded, and unfolding
I am
colorblind
Coffee black and egg white
Pull me out from inside
I am ready
I am ready
I am ready
I am...fine
I am.... fine
I am fine

♫ - Counting Crows - Colorblind

sábado, 16 de junho de 2007

Top no playlist de hoje

I just dont know what to do with myself
I dont know what to do with myself
planning everything for two
doing everything with you
and now that were through
I just dont know what to do
I just dont know what to do with myself
I dont know what to do with myself
movies only make me sad
parties make me feel as bad
cause Im not with you
I just dont know what to do
like a summer rose
needs the sun and rain
I need your sweet love
to beat love away

well I dont know what to do with myself
just dont know what to do with myself
planning everything for two
doing everything with you
and now that were through
I just dont know what to do
like a summer rose
needs the sun and rain
I need your sweet love
to beat love away

I just dont know what to do with myself
just dont know what to do with myself
just dont know what to do with myself
I dont know what to do with myself
- White Stripes

Ps: tem que cantar gritando, senão não tem a menor graça.

Assassinei o outro

Matei o outro blog. Primeiro porque não tenho tempo - e não posto nada mais lá há meses - segundo porque não tenho mais saco pra ele. Dividir e organizar as coisas é importante mas eu to revoltada, hormônios em ebulição e insatisfeita com a vida de uma forma geral. Então matei.

Não é um bom momento pra me irritar.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Micareta emocional

    Eu juro que não estou de TPM. Pelo contrário, eu estou pré-ovulando.

    Mesmo assim chorei em torrents no banheiro feminino sem conseguir parar.

    Parte por causa da leitura do poema, parte por causa do ridículo de mim.
    Eu, ali, chorando no banheiro por causa do poema. E aí é que eu não conseguia me controlar mesmo.

    ANIVERSÁRIO

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.

Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo,
O que fui de coração e parentesco.
O que fui de serões de meia-província,
O que fui de amarem-me e eu ser menino,
O que fui --- ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui...
A que distância!...
(Nem o acho...)
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!

O que eu sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes...
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim...
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!

Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça,
com mais copos,
O aparador com muitas coisas — doces, frutas o resto na sombra debaixo do alçado---,
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa, No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...

Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...

O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...

Álvaro de Campos, 15-10-1929
Estou exausta. Só quero dormir.