Eu não sei escrever mensagens. Não sei. Sejam de congratulações pelos mais diversos motivos. Eu não consigo ser um pessoa apropriada. Aliás, apropriada mesmo, eu não consigo nunca ser na minha vida.
O máximo que eu consigo é emular o próximo. Compreender de verdade o que aquele set de frases que as pessoas falam, já desisti. Mas, interessantemente, as pessoas respondem com um sorriso quando eu acerto a frase certa no momento certo.
É claro que a experiência ajuda. E a observação constante. Hoje eu erro bem menos. - melhor deixar assim, sem muito exemplo mesmo.
Agora é uma chuva de aniversários. Um atrás do outro (a mão na bundinha e a outra na coxa). Mãe, sogra, amigos e eu mesma. Nunca sei o que dizer, o que fazer. Nada.
É tanto compromisso social ao mesmo tempo que eu perco um pouco o tesão do meu próprio.
Ou talvez eu esteja apenas inventando mais uma desculpa pra me explicar o porquê de eu não conseguir curtir a data como uma pessoa normal. Mas, de novo, quem disse que eu sou uma pessoa normal? :P
segunda-feira, 28 de abril de 2008
Cachoeira de aniversários
domingo, 27 de abril de 2008
"E o cavalo: miau!"
festchinha ontem...
sóbria.

fonte
Não é que não seja divertido sair sóbria. Faço isso muito mais de que se imagina. Tem umas saídas com amigas que parecem até encontros de AA, ou NA (choose your poison). Litros de café goela abaixo.
Mas, no caso de enfrentar a noite sóbria, tenha algumas notas em mente: é fundamental escolher muito bem o roteiro. Saber o horário mais apropriado ajuda e, além disso, é preciso selecionar bem a companhia. Sóbria no meio de um bando de gente bê..., peraí, trêbada, é foda.
Então esse foi o meu pecado da noite. Esse e ter saído de casa sem dinheiro pra descobrir só depois que eu não consigo tirar dinheiro do banco depois das 10 pm. Pareceu uma comédia, daquelas pastelão, em preto-e-branco. A corrida atrás de um ATM que funcionasse.
A festa em si? Foi bacana. Eu ainda estou arrasada. :-P
Mas, a frase da noite, sem dúvida foi essa: "E o cavalo: miau! hahahahahah"
E eu, absolutamente sóbria, revirando os olhos em agonia. Better luck next time.
♫ - Le Disko - Shiny Toy Guns
sexta-feira, 25 de abril de 2008
reality check
Coordenadora chama: "Su, vou confessar, ninguém acreditou que vc tava doente e ficamos pensando que vc tinha tirado a semana de folga". Eu devo merecer esse tipo de comentário... ¬¬'
Como se eu faltasse ao trabalho por qualquer coisa. Humpf.
Mas things are looking up: Tem uma garrafa guardadinha pra quando o remedinho acabar ^^'

Só esperando a poeira abaixar :-P
Ai, ai... tenho que pensar no aniversário. Quem me conhece, sabe. Eu gosto de me enfiar um buraquinho bem profundo e só sair de lá quando acaba. Mas eu saio pra sushi. E é provavelmente o que vai rolar.
Dica do dia: achei uma listagem diferente no meu Winamp. Never played. Surpresas de todo tipo.
domingo, 20 de abril de 2008
terça-feira, 15 de abril de 2008
Convalescendo 2
ATENÇÂO: [início de post hipocondríaco]
Caaara,... que P é essa?
Gripe maldita, agora, com o antibiótico, melhorando - mas fala sério: Minhas costelas nunca doeram assim de tanto tossir.
A febre parece que deu um tempo mas o chiado pra respirar continua. Eu tô absurdamente cansada. E dói até ficar deitada. Humpf. :/
Bom, agora que ja está jutificado o nosso hiatus, volto quando eu puder falar de qualquer outra coisa, mmmkay?
[/fim de post hipocondríaco]
sábado, 12 de abril de 2008
McCafé
Primeiro chega a sombra, logo seguida pelo passo vacilante, tímido e arrastado.
Imediatamente meu livro perde a graça. Sapato velho, de solado gasto e salto torto. Um rápido movimento até o topo do cabelo e sei que tenho que olhar pra outro lado, rápido.
Um só contato direto de olhar e, por menor ou mais rápido que seja, deixo de ser testemunha e passo a ser cúmplice. Perdi.
Ela vem direto na minha direção. Sempre na minha direção.
O balcão com a cadeira de bar me colocava numa posição tão superior a esta mulherzinha de menos de metro e meio que eu me senti num ângulo por demais oblíquo. A posição só acentuava seu olhar de baixo pra cima. E era um olhar doce e envergonhado. Pedindo perdão por existir num sorriso que não conseguia ter forças pra ser qualquer outra coisa.
A voz na minha cabeça me diz: agora finge que não entendeu, se faz de idiota. A outra voz imagina a velhota sentada do meu lado me contando como ela foi parar naquela situação. Eu fico meio paralisada olhando para o cabelo muito liso, enorme, preso num coque, imaginando toda uma estória de vida quando finalmente percebo que os lábios estão se movendo.
A voz muda parece feita só de consoantes. sem força para deixar a boca a ganhar o ambiente.
E a velha repete. Eu consigo distinguir "dinheiro", "comida" e "por favor". Aí me bateu; eu realmente não tinha nenhum - a maquininha do Visa não tava funcionando e eu acabei pagando pelo café caríssimo com dinheiro mesmo. Note que isso não quer dizer que eu fosse dar dinheiro à mulher, mas fez com que eu me sentisse envergonhada do mesmo jeito. Eu vomito um "não" rápido e corro de volta pro livro.
Não consigo voltar a ler. O olho por cima das páginas acompanha a velhota e examina cirurgicamente suas roupas, o andar, o jeito como ela pede às outras pessoas. Ela tenta os atendentes, as pessoas da fila. Minha outra voz (esquizofrênica, eu?) se pergunta porque ninguém vai pedir pra ela se retirar.
Ela consegue algumas moedas. Vai conversar com a moça do balcão de sobremesas. Acontece toda uma negociação em torno das moedas.
Meu café gelado já perdeu a relevância. Eu torço pelo sucesso da velhota? O que é o sucesso da velhota? É um sucesso?
O mesmo andar lento, arrastado, leva então a velhota até o outro lado do salão com um sorvete de casquinha. Ela tem uma expressão muito satisfeita. Eu não.
sexta-feira, 11 de abril de 2008
All your sanity and wits will vanish, I promise
Isso, fim de noite, é tudo de bom!