quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Faz um tempo bom tempo

Que eu não ponho os pés (as mâos) aqui.
Outro dia mesmo comentei do blog como se fosse um passado distante. Fato é que cada tipo de exposição de ideia, vômito de palavra ou escarro de pensamento precisa de seu espaço próprio, então não me venha de frescura dentro do meu.


Mas Isso vai levar a algum lugar? 
Se eu quiser que sim, quem sabe?


Eu tenho pensado muito sobre o que aconteceu nesses últimos meses, no tempo que eu precisei pra mim ou joguei fora, dependendo do seu ponto de vista. E fico pensando se as pessoas são idiotas ou se idiota sou eu.


Por que, por exemplo, algumas pessoas são tão monotemáticas (agora é a hora que você vai pensar que eu estou falando de você, não estou) e só falam ou postam sobre a sua área de expertise.


Será que o problema está em mim e eu não sou interessada o suficiente na minha área ou será que eu tenho interesses demais? Se sim, isto é um problema ou será que ainda eu estou mais enganada ainda sobre a minha auto-imagem e, na verdade, eu só penso no que revolve ao redor do meu umbigo? Talvez.


Mas pior que isso, meus interesses não duram muito tempo e talvez o fato de ter tantos derive da minha personalidade volúvel.


Eu só espero que as pessoas que apresentam tanta paixão por sua área de conhecimento não estejam tão apaixonadas assim de forma que isso signifique que a minha aparente paixão menor não me permita prosseguir e finalizar o que comecei.


Até porque, sim, a fase de lua de mel acabou. Tentei procurar novas paixões por todo lado nas mais diferentes áreas da faculdade, sem sucesso suficiente que mova a sequer sair de casa; o que não significa que eu não tenho que me formar de qualquer maneira.


Eu só acho que não adianta mais correr pra me formar. Eu acabo sempre abandonando as coisas no meio ou fazendo as coisas pela metade. Eu as abandono porque não consigo me forçar a nada que não amo mais.


Só não vejo outro jeito além de seguir em frente.


Ao mesmo tempo, a parte teórica é bem diferente da prática. O dia-a-dia do trabalho me dá muito prazer, provavelmente pelo envolvimento do material humano que adiciona o fator inesperado e o fator emocional que existe no ato da educação.


A grande armadilha está em passar pela parte teórica para chegar na prática. Eu preciso é ter forças suficientes para chegar lá e sabedoria suficiente para saber como balancear as coisas de modo a conseguir fazer tudo satisfatoriamente.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

No ghost in this shell

Aqui não tem ninguém, só a casca.

E a casca está tentando desativar o modo de animação suspensa e voltar a fazer, pelo menos, o mundano, o que para os inteiros é trivial. No entanto, para uma mera casca, ir ao banco pagar uma conta, fazer um exercício ou comparecer a um compromisso pode ser demais.

A casca tem tido dificuldade nas coisas mais simples e não tem a menor paciencia para as frases feitas de apoio ou de ânimo. Até porque elas são completamente inúteis e inválidas.

Seriam talvez pertinentes para seres completos, mas aqui só tem a casca. Não adianta dizer: "vai lá, faz logo o negócio" (que pra mim é uma coisa tão fácil e trivial porque eu sou um ser inteiro e não consigo compreender como pra você pode ser uma tarefa hercúlea) porque, sinceramente, dá ódio. Não, a palavra não foi pesada demais. É ódio mesmo.

Então cada vez mais rachada, tentando segurar os cacos que teimam em cair, cada vez que me comparo a um ser inteiro e vejo que falta todo recheio em mim eu perco as forças e volto pro mundo embaixo do edredom.

Não pense que ele é um mundo confortável, como eu já ouvi tantas vezes. Ele é um portal. Dali você pode tentar sair de novo, enfrentar toda a dor da vida cotidiana que só quem é casca sabe como pode ser (mas é o aconselhável, o que se tem que escolher todos os dias) ou mergulhar na possibilidade da falta de dor, da nulidade.

Esta é a escolha que se faz cada vez que se encontra o portal, eu so nao sei se faz algum sentido explicar isso para alguem. Alguem "normal".

quinta-feira, 17 de março de 2011

liberdade

foram mais que meses e meses, talves mais de uma ano. Eu ficava enchendo o saco do meu ex pra configurar o meu celular como modem para que eu pudesse usar a internet aqui da faculdade, ja que, por incrível que pareça, os alunos nao tem acesso wireless fornecido pela faculdade.

Era uma luta. Ele, expert em computadores nao conseguia de jeito nenhum fazer o modem do telefone funcionar. Depois que nos separamos, reinstalei o programa e tentei sozinha. E não é que funcionou? Estou blogando da faculdade, no intervalo entre as aulas.

É claro que sou grata pelos esforços do ex mas que dá um sabor todo especial ter conseguido fazer isso sozinha, ah se dá. Muita gente sempre associou meu conhecimento de computadores a ele e isso sempre me deixou chateada, pois, na maioria das vezes resolvia meus proprios pepinos e sabia coisas que ele nao sabia.

Agora, separada, nao tem jeito, galera. Eu vou ter que merecer os creditos que sempre me foram usurpados. Me sentindo uma mulher independente e poderosa =) e bloggando da faculdade. Agora deixa eu ir ali encarar uma fila da xerox, inté.

quarta-feira, 16 de março de 2011

The perfect fit

Está acontecendo uma pequena explosão de mini-carros pelas ruas. Eles estão por toda parte, mínimos e, na minha opinião, meio ridículos. Não é à toa que são tão usados em comédias.

Eu, no entanto, tenho uma amiga de faculdade muito pequeninha que é louca por esse tipo de carro. Faz sentido: pra ela é uma coisa proporcional.

Hoje, no entanto, eu vi a cena mais estranha de todas. Imagine um Honda Fit (que é um compacto normal, não um desses mínis) com um cara enorme, mas gigantesco, além de muito malhado, bombadão e com braços que pareciam coxas malhadas dentro.

Sério, eu tive que rir, não me aguentei. O cara parecia todo compactado no carro. Se tem uma coisa que estava faltando naquele Honda, era o FIT.

domingo, 13 de março de 2011

lentes novas

Ontem fui ver Carmen (Bizet) no cinema em 3D. Muito linda a produção do Royal Theatre com gente muito talentosa mas a minha vida nunca é muito calma, ne?

No meio da sessão eu noto que so to enxergando com um olho, o que não ajuda o 3D em nada. Cadê a minha lente de contato novinha? 

Pânico total. Será que tá grudada no olho? (cutuca, cutuca, nada)

Será que eu pisquei e perdi na rua?

Será que eu nunca coloquei ela na cara e não notei e ela ta la na pia em algum lugar?

À essa altura, Carmen já tinha ido pro caralho, eu nao conseguia pensar em mais nada.

Fui ao banheiro, nada de achar a lente, tirei a outra, coloquei os óculos e voltei puta pro espetáculo - mas nao conseguia prestar atenção em quase mais nada.

Chego em casa puta, pego lanterna, procuro todos os cantos, nada.

Quando, dada por vencida eu finalmente resolvi tirar a maquiagem pra dormir, no espelho que aumenta, achei uma pontinha azul no cantinho do olho.

A putinha se instalou num cantinho e meu olho tava seco demais pra tirar e eu nao sentia a FDP. Xinguei MUITO, peguei o colirio, tirei com cuidado, lavei direitinho e hoje a gente começa um novo dia.

Usando as lentes.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Menos um carnaval

Agora é a época de transição entre a fantasia e a vida real. Contagem regressiva pra vida real, inclusive.


Enquanto eu dou a minha donzelagem uma certa chance, aqui na torre de mármore, a vida continua e é hora de eu me preparar para a chuva torrencial de compromisssos que virão. 

Eu ja sei como se dá o ciclo, meu corpo vai reclamar as primeiras duas semanas, eu vou ficar de mau humor, mas feliz de ver as caras conhecidas, estar em sala de aula de novo (de ambos os lados) e encarar os novos compromissos.

Estou bem animada coma coisa das lentes de contato, vai me permitir certas estripulias que eu estava muito afim há algum tempo.

Estou animada com a movimentação do casamento, mesmo nao usando as sandálias prateadas que eu queria inicialmente. Ser madrinha é muito mais divertido que ser a noiva. E meu cabelo continua crescendo para o evento. Assim que passar, tesoura e navalha nele!


Mais que isso, parece que já achei uma companhia pra ver Carmen, to toda felizinha. =)

domingo, 6 de março de 2011

Flowers in your hair

So it's Carnival. 

It always amazes me how much people like it. All the mess, the fuss, the music, the crowd. I prefer a quiet little corner and a book to read.

One of the things that have caught my attention this year is the ornamental flower women wear, they've always been there, everywhere. It's the basic accessory. A flower.

It's simple, it's beautiful not I never really have noticed it before. Even if you have nothing, put a flower on and you're good to go. All sizes, colors...

Flowers eveywhere. I guess it's a good thing. Yesterday i saw a woman dressed as Frida Khalo on the ferry boat. I should have asked if I could take a picture.

So, that's the new symbol of Carnival for me. Not the samba or the nakedness, or the sensuality, but the flower. The quintessential minimalistic accessory for any Carnival.