quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

TV por assinatura e você - uma visão crítica

O principal problema da TV por assinatura no Brasil  é que na verdade só têm dois canais (tudo bem, segmentados entre mais canais). Os outros, são canais menores que recebem os filmes que já cansaram nos canais premium. O que acontece então é uma cascata de repetição dos filmes até o subcanal mais chulé criando o efeito de exibição diária de "Grande menina, pequena mulher", por exemplo. 


A falta de entendimento do relacionamento entre as distribuidoras e as franquias brasileiras de canais na TV paga, em relação ao mercado internacional, além da inércia típica do brasileiro que paga mensalmente um ABSURDO pelo serviço de segunda categoria e continua insatisfeito, porém acha que não pode fazer nada a respeito - o velho "melhor isso que a TV aberta", garantem a continuidade do desrespeito com o consumidor.


Já experimentou ligar para sua operadora de TV por assinatura? A resposta é clara: "Nós não somos responsáveis pela programação". Mas eles são responsáveis pela compra das licenças para mostrar os canais. Logo, eles não estão isentos de culpa.


E, sim, o diretor de programação de cada canal é que é o responsável, mas esta deve ser uma luta conjunta. Da audiência, das operadoras e dos canais, que devem reconhecer que estão perdendo terreno.


Afinal de contas, eles também se preocupam com a quantidade de downloads (que é uma forma silenciosa de mostrar insatisfação) gerados por diversas razoes: 


1) A demora em mostrar os episódios - se as premiações como o Oscar e os Golden Globes, entre outros podem ser transmitidos legendados em uma semana a partir da exibição original ao vivo, porque os outros programas demoram?


2) As operadoras brasileiras deveriam respeitar a ordem dos episódios, já que a audiência de hoje se acostumou a seguir as séries por episódio e temporada. Muitas vezes esta informação é de difícil acesso ou errônea.


3) quando uma série "cai no rosto do brasileiro" sua transmissão infinda não fará com que gostemos mais dela. Uma mesma piada só tem graça um certo número de vezes.


Enfim, mais uma vez, tenho que dizer que temos que nos informar melhor sobre o processo de programação e usar os canais de comunicação para reclamar das coisas com as quais não estamos satisfeitos.