terça-feira, 29 de junho de 2010

SPAMALOT

Para quem nunca ouvir falar de Spamalot, é um musical baseado na obra do Monty Python e o Cálice Sagrado, apesar de conter músicas de outras coisas do grupo e músicas feitas para o musical, tem o mesmo clima e o mesmo humor que é tão característico do grupo e influenciou tanta gente. É bem legal e (suspiro) se eu tivesse como tava lá curtindo ao vivo. Fica a dica. Aí abaixo tem a letra de uma das músicas - talvez não a melhor do musical, confesso - mas a que me tocou hoje.
 
King Arthur:
I'm all alone
all by myself
there is no one here beside me
im all alone
quite, all alone
no one to comfort me or guide me
why is there no one here with me
on the long and winding road
to lift my heavy load
if there were someone here with me
how happy i would be
but im alone
quite all alone
all by myself im all alone

I'm all alone
(Patsy: he's all alone)
All by myself
(Patsy: except for me)
I cannot face tomorrow
(Patsy: he cannot face it)
I'm all alone
(Patsy: Though i am here)
So all alone
(Patsy: so very near)
No one to share my sorrow

Patsy:
You know it seems quite clear to me
because im working class
i am just the horses ass
he sells me down the river
so what am i, chopped liver?

Arthur:
But i'm alone
(Patsy: oh no you're not!)
So all alone
(Patsy: I'm here you twat!)
All by myself im all alone

Knitghts: he's all alone
Arthur: i'm all alone
Knights: all by himself
Arthur: all by myself
Knights: there is no one here beside him, He's all alone
Arthur: so all alone
Knights: apart from us,
No one to comfort him or guide him

Arthur: each one of us is all alone
so what are we to do
in order to get through
we must be lonely side by side
it's a perfect way to hide

Knights: we're all alone
Arthur: we're all alone
Knights: yes all alone
Arthur: so all alone,
each by ourselves
we're all alone.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

A Odisséia do INSS – Parte II

Bom, tive que voltar para a nova perícia, né? Pois então:

1 – o neurocirurgião não me deu nenhum papel porque, de acordo com o parecer dele, eu não tenho nada de errado para ser tratado com ele. (Meu caso não é cirúrgico, yay!). Meu neurologista, depois de avaliar minha ressonância me disse que eu não deveria levar a ressonância para o INSS porque a minha coluna está aparentemente lindinha e eu não tenho o que ele acha que eu tinha (o que me parece bom também, já que ele estava relutante em me dizer o que era. O lado ruim é que agora ele não sabe o que é e me encaminhou para um fisiatra). Resultado; continuamos com os sintomas desagradabilíssimos e sem um diagnóstico. Alguém me manda para o House, por favor.

2 – Levei o papel pro INSS dizendo os meus sintomas e a lista inacreditável de remédios que eu estou tomando. Enquanto eu estava na fila, outra pessoa que estava na fila puxou assunto comigo e eu contei o que estava acontecendo. Ele imediatamente resolveu meu problema! Me disse que era só ir no ***** e procurar o doutor ****** que ele operava minha coluna rapidinho, não doía nada. Pá, pum; meu problema era resolvido na hora. Como os anos já me ensinaram a não discutir com bêbado, maluco e gente ignorante, eu disse que ia lá assim que saísse dali.

3 – Chegou o doutor, que não era aquele médium, mas teve um diagnóstico diferente pra mim. Primeiro ele quis discutir comigo que eu não era obesa mórbida. Eu disse que era só ele fazer as contas, mesmo assim ele não quis e disse que eu não era e pronto. Me deu uma puta vontade de dizer que só porque eu sou bonita, isso não quer dizer que eu não sou obesa mórbida, mas quando a gente precisa da autoridade, o melhor é morder a língua. Mas vamos bcombinar que a situação de vc ter que defender que é obesa mórbida é a coisa mais surreal do universo? Ele chegou à brilhante conclusão que meu problema era psiquiátrico – sim, ele disse que eu era maluca, me deu mais 30 dias e me deixou sozinha no consultório pra acertar os papéis.

4 – Deixa eu contar como é o consultório: Ele tem 2,5mX2,5m de tamanho, uma maca que, se eu tivesse que deitar, estava me lavando com Lysoform bruto até agora, uma mesa de escritório daquelas da Casa Matriz e um computador velhinho. Atrás da mesa tem uma pia, papel para secar as mãos e uma placa dizendo que é proibido fumar. Quando eu estava ali sozinha, me entra um funcionário do INSS, passa por mim, vai até atrás da mesa, olha para os dois lados e me pergunta: “O elefante não está aqui?”. Eu admiti que eu não havia entendido a pergunta e pedi que repetisse. “O doutor ***fante não está aqui?” “Não, ele não está”, respondi o mais candidamente possível.

Okay, vamos analisar a situação, sim?

a) Essa pessoa é completamente retardada e achou que o médico poderia ser invisível, já que até atrás da mesa ele checou.

b) Esse era o teste pra saber se realmente o meu caso era psiquiátrico e eu estava vendo um elefante ou o doutor ****fante dentro da sala enquanto ele não estava lá.

Eu esperei o cidadão sair da sala e abafei as gargalhadas até irmos embora.


Bom, o que ficou? Eu ainda não tenho um diagnóstico, eu ainda estou tomando drogas fortíssimas que me deixam retardada mas, pelo menos, me aliviam a dor e continuo inútil, sem conseguir andar um quarteirão ou levantar um quilo.

Não percam nos próximos capítulos: Fisiatras X Fisioterapeutas. Essa briga costuma ser sempre boa.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

A odisséia no INSS


No capítulo anterior: eu me fudi feio dando um jeito na coluna. Minha sorte é que eu estava no consultório do meu médico e fui internada imediatamente. Saí do hospital e estou desde então em casa em repouso absoluto por período indeterminado. Logo, fui encaminhada para o INSS e tive que trancar a faculdade novamente e me afastar do trabalho. Mas vamos ao INSS:
1 – Descobri que você pode marcar a sua vistoria médica pelo telefone, o que eu não esperava e foi uma boa coisa. Ao mesmo tempo, por que diabos eu tenho que passar por outro médico? No Brasil, já se parte do princípio que eu fui a um médico corrupto ou picareta porque esse é o padrão? Por que eu não poderia chegar com o laudo do meu médico e seguir a orientação dele simplesmente? Pra que vale a pessoa ter um CRM?
2 – A vistoria médica no INSS é no segundo andar e o elevador não funciona. Como eu não tenho condições de subir escada, o médico tem que descer pra me atender, o que ele fez de SUUUUUPER boa vontade, claro.
3 – Você tem hora marcada pelo telefone, mas tem que esperar horas para ser atendido mesmo assim. As cadeiras são super desconfortáveis e eu já estava com as pernas dormentes, além de morrendo de dor nas costas, óbvio.
4 – O médico que me atendeu, além de ser uma FLOR DE DELICADEZA, era médium. Ele me fazia perguntas, mas não me deixou responder nenhuma. Olhou para os meus papéis, os laudos, a ressonância (que estava em CD e ele não tinha computador pra ver, óbvio, mas como ele é médium não deve ser problema pra ele também.)
5 – Em total desrespeito ao indicado pelo atestado do meu médico – que dizia por tempo INDETERMINADO, mínimo de 60 dias – ele me deu 15 dias. Pois bem: no papel dizia, em "legalês", que, se dentro de 15 dias eu não me sentisse em condições de voltar ao trabalho deveria marcar nova perícia. AHN??? Como assim??? Eu tinha que remarcar no mesmo dia. Fui direto para o consultório do meu médico perguntar o que fazer. Resolvemos essa questão (isso é outro post) mas eu tenho que me perguntar. Tinha uma mulher na fila que não sabia diferenciar entre 320 e 302. Como essas pessoas fazem? Que país é esse? 
 Bonus and special features: 
  • quando mamãe tentou explicar para o meu médico que eu tinha me casado (e por isso meu nome estava diferente) ele cortou ela antes do parênteses ali e disse: eu não tenho nada a ver com isso! Realmente, de uma delicadeza incomum.