quinta-feira, 26 de agosto de 2010

TIM BURTON – quando o amor acaba


Eu já fui muito fã do Tim Burton. Muito. Eu ia ver qualquer coisa que tivesse simplesmente o nome dele.  Hoje, depois de muitas decepções, eu entendo que este nome nada mais é que um rótulo de coisas repetidas, de uma gasta e cansativa fórmula usada vezes demais. Na verdade, eu tenho até um pouco de pena do Tim Burton.
Não dos rios de dinheiro que ele fez com o passar dos anos, é claro, mas da mediocridade dos seus últimos trabalhos, da forma que ele quase nunca encontrou de sair da sua zona de conforto e como ele não evoluiu da maneira que, acredito eu, vários de seus fãs esperavam.
Quanto mais eu me torno familiar com o trabalho dele ao longo dos anos, mais eu me decepciono. Não me entendam mal, eu comecei falando que era super fã, certo? Então deixem-me primeiro explicar como as coisas que me encantaram até o desapontamento final.
Meus filmes preferidos do Tim Burton são, em ordem de admiração: O Estranho Mundo de Jack (1993, The Nightmare Before Christmas)  - como produtor, não vamos esquecer o trabalho brilhante de Henry Sellick como diretor, ok?; Ed Wood (1994, Idem), Peixe Grande (2003, Big Fish), e Os Fantasmas se divertem (1988, Beetlejuice)
Então estava eu assistindo pela enésima vez a ‘versão especial comemorativa para colecionadores com lasers’ de O Estranho Mundo de Jack quando, pela primeira vez vi um curta em stop motion que ele fez em homenagem ao Vincent Price (narrado pelo próprio), chamado Vincent (1982, Idem). O projeto surgiu quando o Tim Burton ainda trabalhava no departamento de animação da Disney e conseguiu um Green light para um projeto próprio.
Eu assisti atentamente ao curta com o coração na mão. Acontece que animações antigas são uma paixão da minha vida e Vincent é indiscutivelmente baseado em um dos meus curtas de animação preferidos, Gerald McBoing Boing, vencedor do Oscar de melhor curta de animação em 1951 e do Bafta em 1952, além de ter sido votado em 1994, o 9º melhor curta de animação de todos os tempos (fonte:IMDB.com). Como se não bastassem todos os prêmios recebidos, Gerald McBoing Boing é escrito por Dr. Seuss, escritor de clássicos da literatura infantil.
O que me incomoda mais nessa estória toda nem é a cópia descarada em si. É o despudor de não mencionar um agradecimento só que fosse pela inspiração. Eu acho falta de caráter querer se passar por gênio para o grande público se a sua obra é obviamente baseada na obra de outro alguém. Não estamos falando de plagiarismo – apesar de, por exemplo, os personagens se chamarem Gerald McLoy e Vincent Maloy, o texto ser todo rimado (uma característica clássica da obra de Dr. Seuss), dentre tantas outras similaridades.
Tomemos o caso como uma ‘homenagem’, por exemplo, - já que, oficialmente é uma homenagem sim, ao Vincent Price. Você não mencionaria algo nos créditos? Acho que o que mais me doeu foi a cena da escada. Achei que realmente ele não fosse ter essa cara de pau. Talvez isso me sirva de lição e quem sabe um dia eu não me coloco como gênio para o mundo também? Não, eu não conseguiria viver assim. Você quebrou meu coração, Tim. 
Para ver os vídeos, basta clicar nos links, lindinhos.
 à bientot

sábado, 21 de agosto de 2010

euto-estima levantator

Falando com um estranho na rua:

"Pois é, fui fazer comprinhas pra minha dieta.."
"Mas dieta pra quê? Você está maravilhosa do jeito que você está."

ai ai ai ...

(Concentra, mulher! Toma vergonha nessa cara e lembre-se porque você começou a dieta! Só porque o cara é apreciador de gordinhas não significa que vc pode comer aquela caixa de mini-bis, porra!) Ainda bem que o grilo falante tava ligado, kkkkkk.


Além de todas as tentações, ainda tem dessas que vc tem que estar preparada pra enfrentar, ninguém merece.

Então essa vai pra todas que estão seguindo dietinha direitinho e têm um objetivo: Não dê uma de chapeuzinho vermelho e caia na lábia do lobo mau. Ele só quer comer você e ainda vai comer sua avó!

Té mais!

sábado, 14 de agosto de 2010

cocoon

Apesar de as coisas aparentemente estarem entrando em ordem eu ainda nao consegui entrar numa de relaxar.

To afim de me trancar num cocoon e ficar trancada la dentro por uns tempos ou até a ventania passar. Mas a vida não deixa, ne? Então eu acho que vou me dar esse FDS embaixo do edredom vendo filmes e Don Draper (A.K.A. meu novo Mr. Big). Para quem ainda não viu MAD MEN, totalmente aconselho.

Segunda (na verdade, no domingo, pra nao levar surpresas) eu abro minha agenda e começo a reorganizar tudo que eu deixei de fazer semana passada e voltar a organizar minha vida.

A LOCADORA LIGA:

"Tem umas coisas da sua lista aqui"
"manda Intimidade e Felicidade"
"É pra já"

Ah, se a vida fosse assim tb, né não, crianças?

à bientot.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Mais um dia na minha vidinha


Cheguei atrasada no dentista, normal. Como era horário de almoço ela já tinha descido pra almoçar, mas OK porque o próximo horário estava livre mesmo, então eu desci e fui almoçar também. Primeiro me aparece ****** completamente por acaso na rua, uma daquelas gordas deprimidas, que precisam descobrir o poder interior da gorda. Que ser gorda não é ser feia, que ser gorda não é não ser mulher e ser excluída da sociedade. Ela vira pra mim e diz que eu sou aquela pessoa que ilumina o ambiente e que precisa me ver mais. Eu concordo.

Eu queria da mais luz para aquela pessoa. Depois disso ligo pra outra amiga que tem um problema parecido e sentamos então pra tomar um café. Eu abraço ela mais tarde, ela claramente estava precisando muito. Tudo tem um motivo? Ou é tudo aleatório? Não consigo acreditar em certas coisas e ao mesmo tempo acredito tanto em outras. É tudo muito confuso.
Volto pra casa correndo, jogo as roupas pela casa que nem uma adolescente e molho o banheiro todo tomando banho e depois danço nua pela casa. Tem dias que você simplesmente precisa disso, não é? Bom, eu, certamente preciso.
Vou pro outro exame (dia de colocar o MAPA) e fico esperando horas porque o Labs tá sempre lotado e tals. Primeiro tenho um ataque de riso porque tem essa ante-sala com mesinhas de bar e cadeiras e muitas senhoras com cara de deprimidas. Eu não me agüento, mas explico: “Gente, esse parece o barzinho mais depressivo do mundo!”, até as velhinhas riem. “Se eu soubesse que ia ser assim eu teria trazido um baralho e a gente jogava um buraquinho”, combinado, disse a velhinha do meu lado.
Fui lá pra fora fumar um cigarro, me aparece essa moça muito elegante e senta ao meu lado. A gente começa imediatamente a conversar sobre o que ela tinha comprado na loja ao lado (que é uma loja de decoração) e que ela fazia uma broa de milho com aveia e o papo fluiu como se nos conhecêssemos há séculos. Ela me disse que o nome dela era Graça, eu respondi: “mas você é uma graça”. Ela respondeu: “Agradecida”. Foi tão legal. Ela me pegou de jeito.

No final, na hora de se despedir, ela me deu dois beijinhos e disse: "Nossa, nós realmente temos muita coisa em comum,. vc usa o mesmo perfume que eu." Eu preciso fazer aquela parada* que eu já me prometi há séculos e nunca faço. Mas Niterói é uma cidade muito pequena e o mundo dá muitas voltas. Tudo tem a sua hora.
Entrei, a moça me disse que a pressão estava normal, no entanto, meus batimentos cardíacos estavam um pouco acelerados. Dããããã....
Coloquei o aparelho e fui pra depilação. Quando você faz depilação nessas franquias você não pode escolher a profissional, é a menina da vez. Bom, dessa vez foi uma menina que clicou comigo imediatamente. A gente conversou sobre várias coisas e super fomos uma com a cara da outra e foi super legal e ela acabou me depilando em vários lugares de graça!!! Eu mostrei pra ela os cabelos que eu tenho em lugares estranhos e ela disse: fica quietinha que vai ser nosso segredo. LOL.
Depois disso eu cometi alguns pecados ($$$ - ah, comprei meu brinco candelabro!) na rua e peguei o táxi pra casa com um cara super maneiro! A gente conversou horrores e ele tinha feito comunicação social também e a gente ficou conversando sobre essas coisas de crescer e se conformar com a rotina da vida de adulto e as coisas que passam pela nossa cabeça e, estranhamente, ele acabou tocando em vários assuntos que eu tenho pensado bastante e tem mexido muito comigo. Imagina só, ter o maior papo profundo com o taxista, só eu. A gente cantou junto e tudo.
Agora cheguei em casa, to há mil por hora porque o dia foi fodasso e a internet caiu. Ninguém merece. Ou, como a menina da depilação me disse hoje: “cara, se tá acontecendo isso com você é porque você merece! Güenta firme.”