terça-feira, 3 de agosto de 2010

Mais um dia na minha vidinha


Cheguei atrasada no dentista, normal. Como era horário de almoço ela já tinha descido pra almoçar, mas OK porque o próximo horário estava livre mesmo, então eu desci e fui almoçar também. Primeiro me aparece ****** completamente por acaso na rua, uma daquelas gordas deprimidas, que precisam descobrir o poder interior da gorda. Que ser gorda não é ser feia, que ser gorda não é não ser mulher e ser excluída da sociedade. Ela vira pra mim e diz que eu sou aquela pessoa que ilumina o ambiente e que precisa me ver mais. Eu concordo.

Eu queria da mais luz para aquela pessoa. Depois disso ligo pra outra amiga que tem um problema parecido e sentamos então pra tomar um café. Eu abraço ela mais tarde, ela claramente estava precisando muito. Tudo tem um motivo? Ou é tudo aleatório? Não consigo acreditar em certas coisas e ao mesmo tempo acredito tanto em outras. É tudo muito confuso.
Volto pra casa correndo, jogo as roupas pela casa que nem uma adolescente e molho o banheiro todo tomando banho e depois danço nua pela casa. Tem dias que você simplesmente precisa disso, não é? Bom, eu, certamente preciso.
Vou pro outro exame (dia de colocar o MAPA) e fico esperando horas porque o Labs tá sempre lotado e tals. Primeiro tenho um ataque de riso porque tem essa ante-sala com mesinhas de bar e cadeiras e muitas senhoras com cara de deprimidas. Eu não me agüento, mas explico: “Gente, esse parece o barzinho mais depressivo do mundo!”, até as velhinhas riem. “Se eu soubesse que ia ser assim eu teria trazido um baralho e a gente jogava um buraquinho”, combinado, disse a velhinha do meu lado.
Fui lá pra fora fumar um cigarro, me aparece essa moça muito elegante e senta ao meu lado. A gente começa imediatamente a conversar sobre o que ela tinha comprado na loja ao lado (que é uma loja de decoração) e que ela fazia uma broa de milho com aveia e o papo fluiu como se nos conhecêssemos há séculos. Ela me disse que o nome dela era Graça, eu respondi: “mas você é uma graça”. Ela respondeu: “Agradecida”. Foi tão legal. Ela me pegou de jeito.

No final, na hora de se despedir, ela me deu dois beijinhos e disse: "Nossa, nós realmente temos muita coisa em comum,. vc usa o mesmo perfume que eu." Eu preciso fazer aquela parada* que eu já me prometi há séculos e nunca faço. Mas Niterói é uma cidade muito pequena e o mundo dá muitas voltas. Tudo tem a sua hora.
Entrei, a moça me disse que a pressão estava normal, no entanto, meus batimentos cardíacos estavam um pouco acelerados. Dããããã....
Coloquei o aparelho e fui pra depilação. Quando você faz depilação nessas franquias você não pode escolher a profissional, é a menina da vez. Bom, dessa vez foi uma menina que clicou comigo imediatamente. A gente conversou sobre várias coisas e super fomos uma com a cara da outra e foi super legal e ela acabou me depilando em vários lugares de graça!!! Eu mostrei pra ela os cabelos que eu tenho em lugares estranhos e ela disse: fica quietinha que vai ser nosso segredo. LOL.
Depois disso eu cometi alguns pecados ($$$ - ah, comprei meu brinco candelabro!) na rua e peguei o táxi pra casa com um cara super maneiro! A gente conversou horrores e ele tinha feito comunicação social também e a gente ficou conversando sobre essas coisas de crescer e se conformar com a rotina da vida de adulto e as coisas que passam pela nossa cabeça e, estranhamente, ele acabou tocando em vários assuntos que eu tenho pensado bastante e tem mexido muito comigo. Imagina só, ter o maior papo profundo com o taxista, só eu. A gente cantou junto e tudo.
Agora cheguei em casa, to há mil por hora porque o dia foi fodasso e a internet caiu. Ninguém merece. Ou, como a menina da depilação me disse hoje: “cara, se tá acontecendo isso com você é porque você merece! Güenta firme.”

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