segunda-feira, 7 de junho de 2010

A odisséia no INSS


No capítulo anterior: eu me fudi feio dando um jeito na coluna. Minha sorte é que eu estava no consultório do meu médico e fui internada imediatamente. Saí do hospital e estou desde então em casa em repouso absoluto por período indeterminado. Logo, fui encaminhada para o INSS e tive que trancar a faculdade novamente e me afastar do trabalho. Mas vamos ao INSS:
1 – Descobri que você pode marcar a sua vistoria médica pelo telefone, o que eu não esperava e foi uma boa coisa. Ao mesmo tempo, por que diabos eu tenho que passar por outro médico? No Brasil, já se parte do princípio que eu fui a um médico corrupto ou picareta porque esse é o padrão? Por que eu não poderia chegar com o laudo do meu médico e seguir a orientação dele simplesmente? Pra que vale a pessoa ter um CRM?
2 – A vistoria médica no INSS é no segundo andar e o elevador não funciona. Como eu não tenho condições de subir escada, o médico tem que descer pra me atender, o que ele fez de SUUUUUPER boa vontade, claro.
3 – Você tem hora marcada pelo telefone, mas tem que esperar horas para ser atendido mesmo assim. As cadeiras são super desconfortáveis e eu já estava com as pernas dormentes, além de morrendo de dor nas costas, óbvio.
4 – O médico que me atendeu, além de ser uma FLOR DE DELICADEZA, era médium. Ele me fazia perguntas, mas não me deixou responder nenhuma. Olhou para os meus papéis, os laudos, a ressonância (que estava em CD e ele não tinha computador pra ver, óbvio, mas como ele é médium não deve ser problema pra ele também.)
5 – Em total desrespeito ao indicado pelo atestado do meu médico – que dizia por tempo INDETERMINADO, mínimo de 60 dias – ele me deu 15 dias. Pois bem: no papel dizia, em "legalês", que, se dentro de 15 dias eu não me sentisse em condições de voltar ao trabalho deveria marcar nova perícia. AHN??? Como assim??? Eu tinha que remarcar no mesmo dia. Fui direto para o consultório do meu médico perguntar o que fazer. Resolvemos essa questão (isso é outro post) mas eu tenho que me perguntar. Tinha uma mulher na fila que não sabia diferenciar entre 320 e 302. Como essas pessoas fazem? Que país é esse? 
 Bonus and special features: 
  • quando mamãe tentou explicar para o meu médico que eu tinha me casado (e por isso meu nome estava diferente) ele cortou ela antes do parênteses ali e disse: eu não tenho nada a ver com isso! Realmente, de uma delicadeza incomum.

Um comentário:

D. Strudel disse...

Porra Su!! A parte do corte fenomenal do médico vc não tinha me contado! E agora? O que faço com esse bando de palavrões atravancados na garganta ?