sábado, 6 de julho de 2013

REVER.... e não ter a vergonha de ser feliz

Morta de cansaço, sexta-feira à noite, me atraquei com o edredom e com a Netflix. No menu, eis que decido rever A Firma (The Firm, 1993), dirigido pelo meu queridinho Sidney Pollack


Primeiro devo dizer que Pollack é um cara muitíssimo subestimado. Ele tem filmes meia-bomba, sim, (e quem não tem?) mas ele dirigiu Tootsie (já calei a sua boca?), ganhou o Oscar de melhor direção e filme por Out of Africa,  (que, pessoalmente, eu acho chato pra caralho), imortalizando uma relação tipo Tim Burton - Johnny Depp com o galã Robert Reford. Nessa linha de raciocínio, meu preferido foi 'The Way We Were', 1973. Eu acho que Sidney Pollack tinha uma sensibilidade especial para troca de olhares que dizem tudo e que nunca teve o reconhecimento merecido por seu trabalho, mas o mundo não é justo. Talvez ele não fosse o gênio imortal, até porque morreu em 2008 e ninguém mais falou dele, né? Mas o cara era muito bacana, competente e fez uns filmes que eu curto muito.

A Firma tem um elenco estrelar, sensacional e que é uma lição sobre como envelhecer em Hollywood.

No topo da lista de atores (dentro desta categoria, antes que alguém me mate) temos os imortais. Um grupo de ótimo atores embalsamados todas as noites antes de dormirem em suas criptas por escravas egípcias. Encabeçados por Ed Harris, mil coroas genéricos que fazem os mesmos papeís em outros mil filmes, assim como o time de mafiosos que são os mesmos usados em todos filme/série de máfia de sempre e parece que nunca irão dormir com os peixes.

O mais gostoso, no entanto, são as atrizes. É uma lição atrás da outra sobre como envelhecer bem. Holly Hunter no papel de white trash do Tenessee está absolutamente irresistível, "Esposa n°1" mostra como manter uma boca digna de ser desenhada por Manara desde a era pré-botox e ficar ainda mais sensacional com os anos e "Sapa Marina", que nunca me enganou, provando que a idade realmente é algo que pode agregar muito valor.

Para um toque extra de emoção, temos um Rutger Hauer genérico e Tom Cruise jurando que faz ginástica olímpica desde pequenininho.

Além do passeio turístico pela capital do Tenessee, você ainda tem o direito de reviver a emoção dos filmes baseados nos livros do John Grishan, que, pra quem não sabe, era o Dan Brown da época.

Olha, a pipoca foi muito bem utilizada e valeu a noite. 

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