sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

negociando a morte


Acabei de chegar em casa, guardando o Chester do natal, aquela correria, toca o telefone. O erro de pronúncia do nome é tipíco de telemarketing. Eu respiro fundo mas levo a conversa:

- Tem algum problema com o cartão?
- Não senhora, eu estou ligando para oferecer uma oportunidade incrível! Você vai concorrer a um sorteio semanal de 10 mil reais (blablbalbalbalabla) do seguro de vida.
- Então eu tenho que fazer o seguro de vida?
- Sim.
- Eu não estou interessada, obrigada.
- Mas, senhora, seguro de vida não é uma questão de interesse, é uma necessidade.

(aí eu perdi a paciência, mas continuei no mesmo tom amistoso)

- Olha, muito obrigada mas eu não tenho necessidade de um seguro de vida. Eu sou imortal.
- A senhora é o quê?
- Imortal, eu sou imortal.
- Quem disse isso pra senhora?
- Eu mesma é que estou te dizendo. Logo, eu não preciso de um seguro de vida.
- A senhora vai à igreja?
- Não, eu nao preciso de igreja porque eu sou imortal.
- Mas e o marido da senhora? Ele, com certeza não é imortal e precisa de um seguro de vida...
- Pode ficar tranqüilo, ele é imortal também. Todo mundo aqui em casa é. Então não vamos querer seguro, não, tá? Obrigada.

E aí eu desliguei antes que o rapaz pudesse se recompor.

É por essas coisas que o Blog tem esse nome. É a prova empírica que eu funciono melhor sem as preocupações mundandas do cotidiano. Eu entrei de férias ontem e a criatividade já está vindo à superfície.

♫ - Tim Maia - Acenda o farol

2 comentários:

Angel disse...

è por isso q eu te amo....só vc memso pra me fazer rir...beijos

Stella disse...

Hahaha... só você mesma pra dizer que é imortal pro atendente. Fico imaginando a cara do individuo do outro lado da linha.
Realmente, criatividade a toda, né!?
Beijooo