segunda-feira, 21 de maio de 2012

REVIEW: Sherlock Holmes: A game of shadows

Eu sei, eu sei, filme antigo. Mas eu não tinha visto ainda e achei que seria injusto não mencionar as mudanças fundamentais que o diretor (Guy Ritchie) provavelmente foi forçado a fazer pela produção, ou, se fez por si próprio, meus parabéns! Não achei que devia me calar diante de um sequência tão, mas Tão melhor que o primeiro.

Começarei pelo presentes aos fãs da literatura detetivesca. Acho que o grande erro do primeiro filme foi tentar atualizar um personagem tão conhecido e amado por seus fãs de forma tão abrupta. Afinal, quem estaria nas primeiras filas do cinema? Os produtores executivos já deveriam ter interferido desde o início,foi um erro crasso e deixou muita gente infeliz (Inclusive eu).

Neste filme porém, existem vários pequenos presentes aos fãs da literatura. Claro que em uma outra estória, são apenas menções, mas detalhes que fazem o fã se alegrar ao reconhecer o personagem, as estórias (dos livros aos contos, foram colocadas em vários detalhes). Acho que o primeiro a ser reconhecido é a Nêmesis do herói, Professor Moriarty, que até o fã mais básico reconheceria, mas têm detalhes para todos, até Sherlock disfarçado nas docas, o que seria uma casa de ópio (o que não aparece no filme, mas fica claro pelo disfarce e é tirado de um dos contos).

Muita gente se incomodou, e muito com o homoerotismo muito óbvio do primeiro filme. Neste, mais figuras femininas foras inclusas (apesar de eu ser meio fã da linha homoerótica) e o homoerotismo em si foi usado como alívio cômico. Tenho que admitir que ficou mais interessante que os dois quase (??) arfando um sobre o outro no primeiro filme.

A ação continua firme e forte, mas sem artes marciais, o que é um alívio. Achei mais apropriado a questão da fabricação das novas armas em tempos de revolução industrial. A questão das grandes cidades da época Vitoriana também foi bem ilustrada, a direção de arte muito bem construída.

O enredo em si tem lá suas falhas, inclusive nas questões de lógica detetivesca. Para ilustrar um momento que me fez rir: ele, Sherlock olha para um pedaço de papel com uma mancha de vinho e diz: Ele deve estar em uma **** com uma vinicultura ao lado, isso reduz as nossas possibilidades.

Mas hein? A pessoa não poderia simplesmente estar tomando vinho?

Enfim, Moriarty não foi muito explorado e seus motivos ficaram infundados mas temos que lembrar a questão do tempo no cinema e que a prioridade do diretor, historicamente têm sido fazer filmes de ação. Alguns muito bons, alguns péssimos. Acho que desta vez, ele teve mais acertos do que erros (apesar do uso  insuportável e constante da câmera lenta e zoom para cenas de ação), confesso que pulo essas partes, não é o que me interessa.

Existe ainda aqueles que não dão muito espaço para a licença poética e reclamam da questão do sotaque. Eu acho que a escolha, já que usou-se atores americanos foi a melhor. Forçar sotaques britânicos pode ficar muito mais ridículo, mais ridículo até que a cena do Sherlock dançando com Watson no baile e ninguém parando para olhar, nem comentando dois homens dançando no salão. Talvez seja a minha falta de conhecimentos sobre os costumes da época em bailes suíços, mas não creio que fosse aceitável. Assim como lentes de contato coloridas, mas, tudo bem pra mim.

Em resumo, o que eu queria dizer é que este é um filme, ainda apesar dos erros, muito superior ao primeiro. Se você foi um dos que ficou traumatizado, talvez valha à pena uma segunda chance. Além do que, uma sequência melhor que o primeiro filme deve ser celebrada, pois são tão poucas.

AH! E tem Stephen Fry!!!!Qualquer cisa que tenha Stephen Fry me interessa.

Câmbio e desligo.

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