terça-feira, 24 de abril de 2012

Psicologia doméstica 101:


Como entender e achar o que a sua empregada guardou

Primeiro gostaria de dizer que não tenho preconceito contra empregados domésticos de forma alguma. É uma profissão digna e, muitas vezes, injusta. Tenho certeza, inclusive, que pode haver – se já não existe – texto similar sobre seus empregadores, já que se trata de procurar entender de maneira divertida os desencontros do dia-a-dia.

1 – Gaveta de meias: termo geral que se aplica também para quem tem muitas gavetas. Procure não ter muitas, mas se for impraticável, procure entender que não existe o conceito de gaveta de meias. É lá que encontrará suas fitas de cabelo, tiaras, cachecóis, lenços e echarpes.

2 – Formatos: Objetos de formato parecido pertencem automaticamente à mesma categoria: Me lembro de um leitor de cartões de memória USB que era sempre colocado na mesma posição que o mouse, ao lado dele.  Tive um porta comprimidos que foi levado ao freezer para fazer gelo, pois o tamanho dos compartimentos porta-comprimidos era maiorzinho. Pergunte-se: Isso que eu procuro se parece com o quê?

3 - Sapatos: O ideal é que se tenha uma sapateira e espaço suficiente para arrumá-los em pares, mas, se você também tem complexo de centopeia, fica complicado. O melhor que você pode fazer é explicar quais seriam os sapatos "de sair" e pedir que ela não os guarde como as sandálias "do dia-a-dia". Se não adiantar e ela continuar guardando-os amarfanhados de forma a estragar o formato, arrancar strass e não, ela não tá nem aí pro fato de que verniz arranha; é se render e comprar mais sapateiras ou guardar em caixas. 

4 - Cabos: Não espere que ela saiba a diferença entre o cabo vídeo componente, um extensor USB e o carregador do seu laptop ou celular. O melhor é acordar aonde fica a "Central de cabos" e ela coloca tudo lá. Voltando à ideia básica de que coisas parecidas pertencem ao mesmo lugar.

Eu ia falar de cozinha, mas deixa isso para uma lição mais avançada.
Bisous.

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